quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

DE BRAÇOS DADOS COM A MÁFIA

REVISTA ISTO É N° Edição: 2229 | 27.Jul.12 - 21:00 | Atualizado em 12.Jan.14 - 07:01

De braços dados com a máfia

Dois ex-ministros, um senador e mais sete autoridades italianas são acusadas de envolvimento na morte dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, que combatiam o crime organizado

Flávio Costa



O presidente Giorgio Napolitano (à esq.) e o ex-ministro Nicola Mancino (à dir.)
foram gravados em negociações para escapar das novas investigações

Quatro dias antes de ser morto num atentado à bomba, em julho de 1992, o juiz italiano Paolo Borsellino tinha previsto para sua mulher: “Não será a máfia que irá me matar.” Ele se sentia acuado e traído desde maio daquele ano, quando uma explosão numa estrada da Sicília mandou pelos ares dois carros da comitiva do juiz Giavanni Falcone, o outro magistrado que, junto com Borsellino, representava a luta do país contra a máfia. Os assassinatos dos dois juízes foram imediatamente atribuídos à Cosa Nostra, a máfia siciliana. Mas nos últimos 20 anos não pararam de surgir indícios de que a previsão de Borsellino fazia sentido: havia também o dedo de autoridades por trás dos crimes. A descoberta das relações do crime organizado com o Estado italiano, que já rendeu dores de cabeça a muitos políticos, acaba de ganhar agora um novo e fundamental capítulo. Na quarta-feira 25, a promotoria de Palermo, na Sicília, denunciou o senador Marcello Dell’Utri, os ex-ministros Nicola Mancino e Calogero Mannino e outras sete pessoas que trabalhavam para o governo por conluio com os assassinos dos dois juízes. “Eles agiram para perturbar as atividades normais dos órgãos políticos do Estado”, diz a denúncia do Ministério Público.

Falcone e Borsellino eram os protagonistas do chamado “maxiprocesso”, quando, pela primeira vez na história, a temida Cosa Nostra foi desnudada em público. A investigação havia engrenado após a prisão no Brasil, em 1983, do mafioso Tommaso Buscetta, que ficaria conhecido como o primeiro dos “arrependidos” a colaborar com a Justiça italiana. Com o trabalho de Falcone e Borsellino foi possível conhecer os métodos, as formas de recrutamento, os ritos e crimes praticados. Também ficaram evidentes as ligações da Cosa Nostra com organizações criminosas internacionais e suas relações com políticos poderosos como Giulio Andreotti, por sete vezes primeiro-ministro da Itália, que chegou a ser condenado por associação mafiosa. Mas antes que ocorresse a conclusão do “maxiprocesso”, em 30 de janeiro de 1992, as dez autoridades agora acusadas pela promotoria de Palermo operaram para conseguir uma trégua com os mafiosos. Falcone e Borsellino se opuseram ao acerto, levando o processo até o fim, e por isso, segundo os promotores, foram eliminados “com a ajuda ou conveniência” das autoridades denunciadas. Em depoimento aos promotores, o ex-ministro do Interior, Nicola Mancino, entrou em contradição e chegou a omitir um encontro com Borsellino no mês de sua morte.


OS INIMIGOS DA MÁFIA
Os juízes assassinados Giovanni Falcone (à dir.) e Paolo Borsellino
lideraram o “maxiprocesso”, que desnudou a temida Cosa Nostra

As novas investigações acabaram respingando até sobre uma das mais prestigiadas figuras da atual política italiana: o comunista de velha cepa e presidente da República, Giorgio Napolitano. O atual presidente da Itália foi flagrado em conversas telefônicas com o ex-ministro Nicola Mancino. Nos diálogos, Mancino lhe pedia que intercedesse a seu favor na investigação da promotoria de Palermo. Sob o argumento de que não poderia ter sido grampeado por sua condição de chefe de Estado, Napolitano recorreu ao Tribunal Constitucional, a mais alta corte da Justiça italiana. “Eles feriram uma prerrogativa constitucional”, reclamou Napolitano. Há três anos, outra promotoria, a de Caltanissetta (Sicília), já havia reaberto a investigação da morte dos juízes, após a descoberta de novos documentos e testemunhos de mafiosos, os chamados “arrependidos”, que indicavam o envolvimento de altos servidores públicos nos homicídios. “Foram eles os assassinos, eu cansei de cobri-los”, afirmou, em juízo, o ex-poderoso chefão da máfia siciliana, Salvatore “Totó” Riina. Condenado a 18 prisões perpétuas e encarcerado desde 1993, ele acusou agentes do serviço secreto italiano de participar dos massacres. O novo processo deverá mostrar o quanto há de verdade nas declarações de Totó Riina.



MÁFIA E GANGSTERS








Um gângster é um membro de uma gangue de criminosos, como a máfia. 

Na década de 1920, este bandidos surgiram por causa do movimento da proibição da bebida alcoólica. O contrabando de bebidas faz com que as máfias crescessem tanto que passaram a ser um grande problema na década de 1920. O negócio de bebidas ilegais se tornou a base de um grande império criminoso. O ganster mais infame da época da Lei Seca foi Al Capone de Chicago, Illinois. Ele violentamente eliminou qualquer "competição" que ele tinha, então ele usou o comércio de álcool para criar um "negócio", que ganhou milhões de dólares. Com comportamentos violentos de Capone e disparada de negócios, ele, juntamente com outros gansters, foi capaz de assustar os policiais nos Estados Unidos e pagá-los para deixá-los sozinhos nos seus negócios.

O governo federal encontrava cada vez mais difícil competir com os gansters, mas ainda trabalhou diligentemente para capturar os bandidos e pôr fim aos seus crimes organizados. A década de 1920 tornou-se o ícone gangster americano do homem "self-made". Hoje, o gangster típico ainda é o número um consumidor de tudo de luxo e caro natureza. 

A Máfia é uma organização secreta organizada dito ser envolvido em contrabando, extorsão, trafico de entorpecentes e outras atividades criminosas. A Máfia existia principalmente na Itália, mas na década de 1920, os Estados Unidos tiveram seus problemas com máfias. A Máfia americana é pouco mais de meio século de idade, mas eles ainda têm impactado os EUA com o crime organizado. 

A Máfia estava no negócio de contrabando em 1920, mas em 1930 e 1931, quando a heroína foi proibida de uso nos Estados Unidos, uma guerra começou a explodir entre as máfias. Fora desta "guerra", uma nova geração de líderes saiu que tinha muito pouco ou nenhum respeito pelos valores tradicionais. Salvatore "Lucky" Luciano era o líder do Movimento da Juventude da máfia, ele é conhecido por ser um dos criminosos mais brilhantes da América moderna. Ele teve uma ideia para a modernização da máfia norte-americano, e conquistou os líderes dos 24 máfias na América. 

Logo depois, a National Commision estava funcionando "bem", o que prova que Luciano praticamente fez a máfia para a organização criminosa mais dominante. Esta ideia revolucionária de Luciano ainda é a base para o crime organizado hoje. 

Fontes: "A máfia nos Estados Unidos."Home | Drugtext. web. Maio 17, 2010.