quinta-feira, 11 de outubro de 2012
MILÍCIAS MUDAM ESTRATÉGIA PARA NÃO CHAMAR ATENÇÃO
Milícias mudam de estratégia para não chamar atenção, mostra estudo da Uerj
CORREIO BRAZILIENSE, Agência Brasil 11/10/2012 10:37
Rio de Janeiro – Os grupos de milicianos estão reinventando o modo de agir para não chamar a atenção do Estado e poder continuar a operar negócios criminosos altamente lucrativos. A conclusão é parte do estudo No Sapatinho – Evolução das Milícias no Rio de Janeiro (2008-2011), lançado nessa quarta-feira (10/10) à noite na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
A pesquisa coordenada por Ignacio Cano e Thais Duarte, do Laboratório de Análise da Violência (LAV-Uerj), teve o patrocínio da Fundação Heinrich Böll, da Alemanha. O resultado foi transformado em um livro de 150 páginas, com textos sobre a origem das milícias no Rio, depoimentos, gráficos, tabelas e mapas que traduzem a atuação desses grupos armados no estado, principalmente na região metropolitana.
Cano explicou que as milícias foram enfraquecidas pela ação do Estado e por problemas internos de disputas, mas continuam operando nos mesmos territórios que tinham há quatro anos, só que de forma menos ostensiva.
“O esforço do Estado foi muito importante para cortar o avanço desses grupos e sua expansão, mas não conseguiu erradicar o problema. A nova milícia é muito mais discreta que a antiga. Não tem mais 50 homens armados andando por aí, não marcam mais as casas, mas é igualmente violenta e intimidadora. É um fenômeno mais sutil, eles não se candidatam na proporção que faziam antes aos cargos públicos, mas o terror e a extorsão continuam da mesma forma”, apontou o pesquisador.
Ele destacou que as evidências mostram que os grupos milicianos têm menos força do que antes, controlam menos atividades econômicas, mas continuam matando com frequência. Só que de forma dissimulada, para não chamar a atenção. Se anteriormente fazia questão de matar desafetos à luz do dia, como exemplo, agora a tendência é assassinar as vítimas e fazer desaparecer seus corpos.
Os pesquisadores constataram, observando as estatísticas oficiais, que há um aumento no número de desaparecidos, ao mesmo tempo em que se observa um declínio no de mortes violentas, em áreas de milícia.
“Há muitos assassinatos, torturas e o clima de terror nas comunidades é ainda mais alto do que anos atrás. É um sinal de alarme comprovar que a razão entre mortes violentas e desaparecidos aumenta justamente nas áreas onde a milícia atua. É um sinal sobre a possibilidade de que as milícias estejam desaparecendo com os corpos das vítimas em vez de matá-las publicamente.”
O pesquisador destacou que o apogeu de expansão das milícias foi o período 2006-2007 e que, atualmente, a repressão do Estado, inclusive com a prisão dos principais líderes, mudou sua forma de agir. “Em 2008, começou a repressão a elas e hoje em dia são muito mais tímidas em sua exposição pública. Estão se afastando do modelo do tráfico, de controle de entrada e saída [do território], de ter alguém sempre presente e indo mais na direção de grupos de extermínio ou da máfia, de forma mais sigilosa, para manter os lucros, com uma exposição menor. Os grupos não estão mais se exibindo, como eles faziam antes. Hoje, a investigação ficou mais complicada, justamente em função da discrição dessas milícias.”
Cano alerta que ao mesmo tempo em que há certa diminuição do poder miliciano no Rio, em outras partes do país novos grupos estão se organizando, nos mesmos moldes. São igualmente formados por militares, ex-militares e policiais que oferecem serviços de combate ao crime, aliados à exploração clandestina de produtos e serviços, incluindo a venda de botijões de gás, comercialização de sinal de televisão a cabo e o transporte de vans.
“Temos informações de outros estados de que fenômenos semelhantes estão começando a ocorrer. Então, o Brasil como um todo tem que começar a olhar para este problema, porque daqui a pouco não será exclusivo do Rio de Janeiro. Milícia é um negócio, você tem que conseguir pegar o dinheiro ou, pelo menos, aumentar os custos desse negócio. Prender pessoas é importante mas, em sua grande maioria, são descartáveis e acabam substituídas. Atacar o coração do negócio é essencial para poder desarticular esses grupos.”
terça-feira, 2 de outubro de 2012
HISTÓRIA E MANUAL DO PCC
Brasil Style Of Life Rp
http://www.styleofliferp.com.br/t9276-manual-do-pcc
Requisitos
Ser ativo
Saber todo o Manual
Ser bom de x1
Ser nivel 3 ou mais
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Ser bom de x1
Ser nivel 3 ou mais
Historia completa do P.C.C
PCC
foi fundado em 31 de agosto de 1993 por oito presidiários, no Anexo da
Casa de Custódia de Taubaté (130 quilômetros da cidade de São Paulo),
chamada de “Piranhão“, até então a prisão mais segura do estado de São
Paulo.
Durante uma partida de futebol, quando alguns detentos brigaram e como forma de escapar da punição – pois várias pessoas haviam morrido – resolveram iniciar um pacto de confiança.
Era constituído por Misael Aparecido da Silva, vulgo “Misa“, Wander Eduardo Ferreira, vulgo “Eduardo Gordo“, António Carlos Roberto da Paixão, vulgo “Paixão“, Isaías Moreira do Nascimento, vulgo “Isaías”, Ademar dos Santos, vulgo “Dafé“, António Carlos dos Santos, vulgo “Bicho Feio“, César Augusto Roris da Silva, vulgo “Cesinha“, e José Márcio Felício, vulgo “Geleião“.
O PCC, que foi também chamado no início como Partido do Crime, a rumores tambem que tenha se chamado Partido Comunista Carcerario, afirmava que pretendia “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e “vingar a morte dos cento e onze presos”, em 2 de outubro de 1992, no “massacre do Carandiru“, quando a Polícia Militar matou presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo. O grupo usava o símbolo chinês do equilíbrio yin-yang em preto e branco, considerando que era “uma maneira de equilibrar o bem e o mal com sabedoria”.
Em fevereiro de 2001, Sombra tornou-se o líder mais expressivo da organização ao coordenar, por telefone celular, rebeliões simultâneas em 29 presídios paulistas, que se saldaram em dezesseis presos mortos. Idemir Carlos Ambrósio, o “Sombra“, também chamado de “pai”, foi espancado até a morte no Piranhão cinco meses depois por cinco membros da facção numa luta interna pelo comando geral do PCC.
O PCC começou então a ser liderado por “Geleião” e “Cesinha“, responsáveis pela aliança do grupo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro. “Geleião” e “Cesinha” passaram a coordenar atentados violentos contra prédios públicos, a partir do Complexo Penitenciário de Bangu, onde se encontravam detidos.
Marcola
Marcola
Considerados “radicais” por uma outra corrente do PCC, mais “moderada”, Geleião e Cesinha usavam atentados para intimidar as autoridades do sistema prisional e foram depostos da liderança em Novembro de 2002, quando o grupo foi assumido por Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola“. Além de depostos, foram jurados de morte sob a alegação de terem feito denúncias à polícia e criaram o Terceiro Comando da Capital (TCC).
Cesinha foi assassinado em presídio de Avaré, São Paulo.
Sob a liderança de Marcola, também conhecido como “Playboy“, atualmente detido por assalto a bancos, o PCC teria participado no assassinato, em Março de 2003, do juiz-corregedor António José Machado Dias, o “Machadinho”, EX-JUIZ DA VARA DE EXECUÇÕES DE PRESIDENTE PRUDENTE, Que por aplicar a lei corretamente, não abrindo exceções, como regalia e visitas intimas ao presos que se encontravam no CRP de Presidente Bernades, cumprindo interdição por liderarem mortes dentro das prisões, rebeliões, sequestros e controlar o crime organizado, foi morto covardemente por membros do PCC, a mando de Marcola e Gege do Mangue.
A facção tinha recentemente apresentado como uma das suas principais metas promover uma rebelião de forma a “desmoralizar” o governo e destruir o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), onde os detidos passam vinte e três horas confinados às celas, sem acesso a jornais, revistas, rádios ou televisão por apresentarem alto risco a sociedade.
Com o objetivo de conseguir dinheiro para financiar o grupo, os membros do PCC exigem que os “irmãos” (os sócios) paguem uma taxa mensal de cinquenta reais, se estiverem detidos, e de Mil reais, se estiverem em liberdade. O dinheiro é usado para comprar armas e drogas, além de financiar acções de resgate de presos ligados ao grupo.
Para se tornar membro do PCC, o criminoso precisa ser, apresentado por um outro que já faça parte da organização e ser “batizado” tendo como padrinho 3 “irmãos”, um “irmão” só pode batizar outro membro 120 dias após ele ter sido batizado e o novo “irmão” tem de cumprir um estatuto de dezesseis itens, redigido pelos fundadores e atualizado pelo Marcos Camacho.
Diante do enfraquecimento do Comando Vermelho do Rio de Janeiro, que tem perdido vários pontos de venda de droga no Rio, o PCC aproveitou para ganhar campo comercialmente e chegar à atual posição de maior facção criminosa do país, com ramificações em presídios de vários estados do Brasil como Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Minas Gerais e outros mais.
Estatuto
O estatuto do Primeiro Comando da Capital foi divulgado em jornais brasileiros no ano de 2001. É uma lista de princípios da organização. O item 7 do documento prevê que os membros “estruturados” e livres devem contribuir com os demais membros presos sob a pena de “serem condenados à morte, sem perdão”. Leia o Estatuto
Movimentos
Em 2001, ocorreu em todo o estado de São Paulo a maior rebelião generalizada de presos da história do Brasil até então, através do uso de telefones celulares presos se organizaram e promoveram a rebelião. Vários presídios daquele estado, inclusive os do interior se rebelaram.
Anos depois, entre os dias 21 e 28 de março de 2006, diversas unidades prisionais do estado de São Paulo foram tomadas por revolta de seus internos, inaugurando uma série de atos de violência organizada no país.
Os centros de detenção provisória (CDP) de Mauá, Mogi das Cruzes, Franco da Rocha, Caiuá e Iperó, foram os primeiros a serem tomados pelas rebeliões (21 de março de 2006). Durante aquele período, outras unidades também foram palco de rebeliões (Cadeia Pública de Jundiaí- 22 de março de 2006, e os “CDP” de Diadema, Taubaté, Pinheiros e Osasco - 27 de março de 2006).
Como reivindicações apresentadas, reclamavam os amotinados da superpopulação carcerária, buscando transferência de presos com condenações definitivas para penitenciárias, bem como o aumento no número de visitantes e a modificação da cor dos seus uniformes. Estavam descontentes com a cor amarela e postulavam o retorno para a cor bege de seus uniformes. As rebeliões, algumas com reféns, foram contidas, mas os danos provocados nas unidades comprometeram gravemente a normal utilização.
Os ataques do Primeiro Comando da Capital continuaram acontecendo com certa constância, em meio a uma onda de violência e diversos outros atos (nem todos comprovadamente originados da organização) no ano de 2006, nas primeiras horas do dia 13 de agosto, aproximadamente a meia noite e meia, um vídeo enviado para a Rede Globo de televisão, gravado em um DVD, foi transmitido, no plantão daemissora, para todo o Brasil.
Dois funcionários, o técnico Alexandre Coelho Calado e o repórter Guilherme Portanova, haviam sido sequestrados na manhã do dia anterior. Alexandre foi solto, encarregado de entregar o DVD para a Rede Globo. Colocada sob chantagem, a emissora transmitiu o vídeo, com teor de manifesto, após se aconselhar com especialistas e representantes de órgãos internacionais.
O repórter Guilherme Portanova foi solto 40 horas após a divulgação do vídeo, à 0h30 do dia 14 de agosto, numa rua do bairro do Morumbi.
A mensagem, lido pelo integrante do PCC, fazia críticas ao sistema penitenciário, pedindo revisão de penas, melhoria nas condições carcerárias, e posicionando-se contra o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
Alguns trechos foram plagiados de um parecer do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária de 14 de abril de 2003.
Durante uma partida de futebol, quando alguns detentos brigaram e como forma de escapar da punição – pois várias pessoas haviam morrido – resolveram iniciar um pacto de confiança.
Era constituído por Misael Aparecido da Silva, vulgo “Misa“, Wander Eduardo Ferreira, vulgo “Eduardo Gordo“, António Carlos Roberto da Paixão, vulgo “Paixão“, Isaías Moreira do Nascimento, vulgo “Isaías”, Ademar dos Santos, vulgo “Dafé“, António Carlos dos Santos, vulgo “Bicho Feio“, César Augusto Roris da Silva, vulgo “Cesinha“, e José Márcio Felício, vulgo “Geleião“.
O PCC, que foi também chamado no início como Partido do Crime, a rumores tambem que tenha se chamado Partido Comunista Carcerario, afirmava que pretendia “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e “vingar a morte dos cento e onze presos”, em 2 de outubro de 1992, no “massacre do Carandiru“, quando a Polícia Militar matou presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo. O grupo usava o símbolo chinês do equilíbrio yin-yang em preto e branco, considerando que era “uma maneira de equilibrar o bem e o mal com sabedoria”.
Em fevereiro de 2001, Sombra tornou-se o líder mais expressivo da organização ao coordenar, por telefone celular, rebeliões simultâneas em 29 presídios paulistas, que se saldaram em dezesseis presos mortos. Idemir Carlos Ambrósio, o “Sombra“, também chamado de “pai”, foi espancado até a morte no Piranhão cinco meses depois por cinco membros da facção numa luta interna pelo comando geral do PCC.
O PCC começou então a ser liderado por “Geleião” e “Cesinha“, responsáveis pela aliança do grupo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro. “Geleião” e “Cesinha” passaram a coordenar atentados violentos contra prédios públicos, a partir do Complexo Penitenciário de Bangu, onde se encontravam detidos.
Marcola
Marcola
Considerados “radicais” por uma outra corrente do PCC, mais “moderada”, Geleião e Cesinha usavam atentados para intimidar as autoridades do sistema prisional e foram depostos da liderança em Novembro de 2002, quando o grupo foi assumido por Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola“. Além de depostos, foram jurados de morte sob a alegação de terem feito denúncias à polícia e criaram o Terceiro Comando da Capital (TCC).
Cesinha foi assassinado em presídio de Avaré, São Paulo.
Sob a liderança de Marcola, também conhecido como “Playboy“, atualmente detido por assalto a bancos, o PCC teria participado no assassinato, em Março de 2003, do juiz-corregedor António José Machado Dias, o “Machadinho”, EX-JUIZ DA VARA DE EXECUÇÕES DE PRESIDENTE PRUDENTE, Que por aplicar a lei corretamente, não abrindo exceções, como regalia e visitas intimas ao presos que se encontravam no CRP de Presidente Bernades, cumprindo interdição por liderarem mortes dentro das prisões, rebeliões, sequestros e controlar o crime organizado, foi morto covardemente por membros do PCC, a mando de Marcola e Gege do Mangue.
A facção tinha recentemente apresentado como uma das suas principais metas promover uma rebelião de forma a “desmoralizar” o governo e destruir o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), onde os detidos passam vinte e três horas confinados às celas, sem acesso a jornais, revistas, rádios ou televisão por apresentarem alto risco a sociedade.
Com o objetivo de conseguir dinheiro para financiar o grupo, os membros do PCC exigem que os “irmãos” (os sócios) paguem uma taxa mensal de cinquenta reais, se estiverem detidos, e de Mil reais, se estiverem em liberdade. O dinheiro é usado para comprar armas e drogas, além de financiar acções de resgate de presos ligados ao grupo.
Para se tornar membro do PCC, o criminoso precisa ser, apresentado por um outro que já faça parte da organização e ser “batizado” tendo como padrinho 3 “irmãos”, um “irmão” só pode batizar outro membro 120 dias após ele ter sido batizado e o novo “irmão” tem de cumprir um estatuto de dezesseis itens, redigido pelos fundadores e atualizado pelo Marcos Camacho.
Diante do enfraquecimento do Comando Vermelho do Rio de Janeiro, que tem perdido vários pontos de venda de droga no Rio, o PCC aproveitou para ganhar campo comercialmente e chegar à atual posição de maior facção criminosa do país, com ramificações em presídios de vários estados do Brasil como Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Minas Gerais e outros mais.
Estatuto
O estatuto do Primeiro Comando da Capital foi divulgado em jornais brasileiros no ano de 2001. É uma lista de princípios da organização. O item 7 do documento prevê que os membros “estruturados” e livres devem contribuir com os demais membros presos sob a pena de “serem condenados à morte, sem perdão”. Leia o Estatuto
Movimentos
Em 2001, ocorreu em todo o estado de São Paulo a maior rebelião generalizada de presos da história do Brasil até então, através do uso de telefones celulares presos se organizaram e promoveram a rebelião. Vários presídios daquele estado, inclusive os do interior se rebelaram.
Anos depois, entre os dias 21 e 28 de março de 2006, diversas unidades prisionais do estado de São Paulo foram tomadas por revolta de seus internos, inaugurando uma série de atos de violência organizada no país.
Os centros de detenção provisória (CDP) de Mauá, Mogi das Cruzes, Franco da Rocha, Caiuá e Iperó, foram os primeiros a serem tomados pelas rebeliões (21 de março de 2006). Durante aquele período, outras unidades também foram palco de rebeliões (Cadeia Pública de Jundiaí- 22 de março de 2006, e os “CDP” de Diadema, Taubaté, Pinheiros e Osasco - 27 de março de 2006).
Como reivindicações apresentadas, reclamavam os amotinados da superpopulação carcerária, buscando transferência de presos com condenações definitivas para penitenciárias, bem como o aumento no número de visitantes e a modificação da cor dos seus uniformes. Estavam descontentes com a cor amarela e postulavam o retorno para a cor bege de seus uniformes. As rebeliões, algumas com reféns, foram contidas, mas os danos provocados nas unidades comprometeram gravemente a normal utilização.
Os ataques do Primeiro Comando da Capital continuaram acontecendo com certa constância, em meio a uma onda de violência e diversos outros atos (nem todos comprovadamente originados da organização) no ano de 2006, nas primeiras horas do dia 13 de agosto, aproximadamente a meia noite e meia, um vídeo enviado para a Rede Globo de televisão, gravado em um DVD, foi transmitido, no plantão daemissora, para todo o Brasil.
Dois funcionários, o técnico Alexandre Coelho Calado e o repórter Guilherme Portanova, haviam sido sequestrados na manhã do dia anterior. Alexandre foi solto, encarregado de entregar o DVD para a Rede Globo. Colocada sob chantagem, a emissora transmitiu o vídeo, com teor de manifesto, após se aconselhar com especialistas e representantes de órgãos internacionais.
O repórter Guilherme Portanova foi solto 40 horas após a divulgação do vídeo, à 0h30 do dia 14 de agosto, numa rua do bairro do Morumbi.
A mensagem, lido pelo integrante do PCC, fazia críticas ao sistema penitenciário, pedindo revisão de penas, melhoria nas condições carcerárias, e posicionando-se contra o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
Alguns trechos foram plagiados de um parecer do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária de 14 de abril de 2003.
Regras
Não Fazer DM/DB
Não Fazer Flood em /f(amilia) /ga(ngues)
Não Sequestrar Sozinho Sempre Com 3 Pessoas + -
Não Assaltar Sozinho Sem Estar Acompanhado com 2+
Não Sequestrar Pessoas com Nivel 2
Não Invadir HQ's Sozinho e ser Autorização
Não Usar o Helicoptero ser Permição de um Sub ou Superior
Não Deixar Carros Expalhados nas Ruas
Não Ficar Parado na HQ Domine e Roube
Não Troque de Carro Frequentemente
Não Deixar Carros sem Gasolina
Sempre usar o /g ao Roubar Alguem
Ser RP
Saiba usar o Bug Eagle Corretamente
Não Equipe em Batalha
Não Matar Membros da Mesma GG
Não Use Joypad ou Cheaters
Não Ajudar Membros de Organizações Inimigas
Não Entrar em G Com Uma Desert Eagle Na Mão
Não Pegar Carro de 4 Portas se estiver Sozinho
Não floode /do nas GZ's
Não Fazer Flood em /f(amilia) /ga(ngues)
Não Sequestrar Sozinho Sempre Com 3 Pessoas + -
Não Assaltar Sozinho Sem Estar Acompanhado com 2+
Não Sequestrar Pessoas com Nivel 2
Não Invadir HQ's Sozinho e ser Autorização
Não Usar o Helicoptero ser Permição de um Sub ou Superior
Não Deixar Carros Expalhados nas Ruas
Não Ficar Parado na HQ Domine e Roube
Não Troque de Carro Frequentemente
Não Deixar Carros sem Gasolina
Sempre usar o /g ao Roubar Alguem
Ser RP
Saiba usar o Bug Eagle Corretamente
Não Equipe em Batalha
Não Matar Membros da Mesma GG
Não Use Joypad ou Cheaters
Não Ajudar Membros de Organizações Inimigas
Não Entrar em G Com Uma Desert Eagle Na Mão
Não Pegar Carro de 4 Portas se estiver Sozinho
Não floode /do nas GZ's
Regras de Sequestro
Nunca sequestrar um novato level 2
Nunca se esquecer de /passarfita na vítima
Sempre sequestrar com no mínimo mais 2 companheiros
Valor de Sequestro:
Civil: Máximo - 30k
Membro de Gangue - Máximo 50k
Membro de Organizações Governamentais - Máximo 100k
Líderes de Gangues: Máximo 150k
Líderes de Organizações Governamentais - Máximo 170k
Presidente: Máximo 300k
Comandos
/f - Para falar no radio da GG.
/ga - Para falar com as outras gangs.
/do - Para dominar territórios.
/roubar... - Para roubar o local escolhido - EX: /roubarbanco, /roubarloterica
/infoorg - Para ver a lista de todos os membros da GG.
/membros - Para ver os membros online.
/gf - Para pedir reforço.
/rgf - Cancelar o pedido de Reforço.
/assaltar ID - Para assaltar um player.
/sequestrar ID - Para sequestrar um player Só sequestrar Level 3+
/ga - Para falar com as outras gangs.
/do - Para dominar territórios.
/roubar... - Para roubar o local escolhido - EX: /roubarbanco, /roubarloterica
/infoorg - Para ver a lista de todos os membros da GG.
/membros - Para ver os membros online.
/gf - Para pedir reforço.
/rgf - Cancelar o pedido de Reforço.
/assaltar ID - Para assaltar um player.
/sequestrar ID - Para sequestrar um player Só sequestrar Level 3+
Regras de Assalto
Não assaltar novatos - Level 2.
Não assaltar na cadeia.
Não assaltar sem a voz de assalto /g
Não assaltar na cadeia.
Não assaltar sem a voz de assalto /g
Armamentos
LENDA?
FOLHA.COM 01/10/2012 - 13h52
Alckmin diz que há muita lenda sobre facções criminosas em SP
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira que há muita lenda sobre facções criminosas em São Paulo. A afirmação foi feita após documentos revelarem que o PCC possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado, como revelou a Folha hoje.
Os cerca de 400 documentos foram apreendidos em operações policiais e apontam também que há nas ruas um total de 1.343 bandidos ligados a facção criminosa. O número é quase o dobro do total de homens da Rota --considerada a tropa de elite da polícia paulista.
"O secretário de Segurança Pública já respondeu que há muita lenda. Crime organizado, desorganizado, ele é enfrentado. Todo dia policia vai pra cima de bandido, todo dia os criminosos são presos. Aqui bandido não cria nome. Temos prisões de segurança máxima para lideranças do crime organizado. São Paulo tem sistema penitenciário forte, polícia trabalhando", disse Alckmin.
O PCC é hoje o principal suspeito de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado. Desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.
Os documentos revelados pela Folha mostram que a capital é o principal reduto do grupo, com 689 integrantes, mas regiões como Campinas (a 93 km de São Paulo) e Santos (no litoral) também têm grande contingente. A facção chega até à cidades pequenas, como Rifaina (464 km de São Paulo), que tem 3.400 habitantes.
Os arquivos apreendidos eram destinados aos chefes da organização como uma forma de prestar contas. Os documentos são salvos em pen drives ou chips de celular e entregues semanalmente por motoboys nas principais prisões do Estado, onde entram clandestinamente.
Editoria de arte/Folhapress | ||
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Governantes que não enxergam e nem acreditam no crime organizado não investem em segurança pública. Eles desconhecem a importância vital da segurança pública, já que envolve vida e morte e afeta o patrimônio das pessoas. Quem não conhece a sí mesmo (o Estado) e nem ao ambiente (insegurança) e nem ao inimigos (facções criminosas) está fadado a derrotas em todas as batalhas.
"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não
precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não
conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota.
Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as
batalhas...Sun Tzu
PAGAMENTOS A POLICIAIS
FOLHA.COM 02/10/2012 - 06h00
Livro-caixa de facção registra pagamentos a policiais de SP
AFONSO BENITES e ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO DO "AGORA"
Os arquivos da facção criminosa PCC, apreendidos pela polícia, registram que a organização faz pagamentos sistemáticos para policiais civis, além de supostos acordos feitos com PMs para atuarem juntos em assaltos.
Identificadas como "percas", as informações constam de parte dos 400 documentos que já estão com a polícia e o Ministério Público, conforme revelou ontem a Folha. Uma espécie de livro-caixa do crime, os arquivos mostram que a facção atua em 123 das 645 cidades do Estado e tem nas ruas 1.343 bandidos.
Essa documentação já embasou ao menos duas denúncias judiciais de promotores e norteiam a atuação da polícia contra o crime organizado.
Nas planilhas, não há nome de policiais. Só são citadas a cidade ou a delegacia em que eles atuam e a situação em que a extorsão ocorreu.
As informações também aparecem quando a organização lista os devedores do mês. Em um dos registros, de 2011, um dos criminosos, identificado como Tucano, aparece com uma dívida de R$ 615 mil. O motivo: perdeu o valor para a polícia. Essa é a expressão usada pelos criminosos para dinheiro gasto em extorsão.
R$ 10 MIL POR SEMANA
Em um dos documentos, de 9 de agosto, apreendido na Baixada Santista, os criminosos afirmam que policiais de Mauá (Grande São Paulo), que já recebiam cerca de R$ 10 mil por semana, foram para Santo André e, se passando por policiais do Denarc (narcóticos), pediram mais dinheiro para não impedir o tráfico no local.
Nesse arquivo, os bandidos também relatam que outros policiais, dessa vez da 4ª delegacia do Patrimônio do Deic, prenderam, em 8 de agosto, uma traficante e exigiram R$ 100 mil para liberá-la.
Em negociação com os advogados, o valor caiu para R$ 10 mil em dinheiro, mais a droga apreendida e o carro.
Pelo relatório, o acerto caminhava para não ser fechado porque os policiais queriam ainda manter o flagrante da mulher, embora com o registro de uma quantidade menor de droga. O documento, porém, não revela o desfecho do caso.
"Resumindo: os policiais ficaram com o carro, com as drogas, com dinheiro do acerto se nós pagássemos e a menina ficaria presa do mesmo jeito. Olha as ideias desses policiais. Estão é tirando e subestimando a nossa inteligência", diz trecho.
Os papéis revelam ainda um caso, de junho de 2011, de um criminoso identificado como Maguegui que diz ter pago R$ 150 mil para ser libertado por policiais do Deic.
"Eles falaram ainda que nós estávamos no lucro porque estava na mão deles. Porque se fosse a Rota nos matariam", diz trecho do relatório.
Um arquivo de agosto do ano passado diz que os bandidos precisam levantar informações junto a policiais que roubam com eles, "principalmente PM".
Os promotores responsáveis pelo caso dizem que somente uma investigação aprofundada poderá concluir se houve, de fato, propina. Mas não descartam a possibilidade de algum criminoso ter inventado a propina nos relatórios para justificar desvio de dinheiro da própria facção criminosa.
Editoria de Arte/Folhapress
Livro-caixa de facção registra pagamentos a policiais de SP
AFONSO BENITES e ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO DO "AGORA"
Os arquivos da facção criminosa PCC, apreendidos pela polícia, registram que a organização faz pagamentos sistemáticos para policiais civis, além de supostos acordos feitos com PMs para atuarem juntos em assaltos.
Identificadas como "percas", as informações constam de parte dos 400 documentos que já estão com a polícia e o Ministério Público, conforme revelou ontem a Folha. Uma espécie de livro-caixa do crime, os arquivos mostram que a facção atua em 123 das 645 cidades do Estado e tem nas ruas 1.343 bandidos.
Essa documentação já embasou ao menos duas denúncias judiciais de promotores e norteiam a atuação da polícia contra o crime organizado.
Nas planilhas, não há nome de policiais. Só são citadas a cidade ou a delegacia em que eles atuam e a situação em que a extorsão ocorreu.
As informações também aparecem quando a organização lista os devedores do mês. Em um dos registros, de 2011, um dos criminosos, identificado como Tucano, aparece com uma dívida de R$ 615 mil. O motivo: perdeu o valor para a polícia. Essa é a expressão usada pelos criminosos para dinheiro gasto em extorsão.
R$ 10 MIL POR SEMANA
Em um dos documentos, de 9 de agosto, apreendido na Baixada Santista, os criminosos afirmam que policiais de Mauá (Grande São Paulo), que já recebiam cerca de R$ 10 mil por semana, foram para Santo André e, se passando por policiais do Denarc (narcóticos), pediram mais dinheiro para não impedir o tráfico no local.
Nesse arquivo, os bandidos também relatam que outros policiais, dessa vez da 4ª delegacia do Patrimônio do Deic, prenderam, em 8 de agosto, uma traficante e exigiram R$ 100 mil para liberá-la.
Em negociação com os advogados, o valor caiu para R$ 10 mil em dinheiro, mais a droga apreendida e o carro.
Pelo relatório, o acerto caminhava para não ser fechado porque os policiais queriam ainda manter o flagrante da mulher, embora com o registro de uma quantidade menor de droga. O documento, porém, não revela o desfecho do caso.
"Resumindo: os policiais ficaram com o carro, com as drogas, com dinheiro do acerto se nós pagássemos e a menina ficaria presa do mesmo jeito. Olha as ideias desses policiais. Estão é tirando e subestimando a nossa inteligência", diz trecho.
Os papéis revelam ainda um caso, de junho de 2011, de um criminoso identificado como Maguegui que diz ter pago R$ 150 mil para ser libertado por policiais do Deic.
"Eles falaram ainda que nós estávamos no lucro porque estava na mão deles. Porque se fosse a Rota nos matariam", diz trecho do relatório.
Um arquivo de agosto do ano passado diz que os bandidos precisam levantar informações junto a policiais que roubam com eles, "principalmente PM".
Os promotores responsáveis pelo caso dizem que somente uma investigação aprofundada poderá concluir se houve, de fato, propina. Mas não descartam a possibilidade de algum criminoso ter inventado a propina nos relatórios para justificar desvio de dinheiro da própria facção criminosa.
Editoria de Arte/Folhapress
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
FUNCIONÁRIOS EM 123 CIDADES
FOLHA.COM. 30/09/2012 - 20h00
PCC tem 1.343 funcionários em 123 cidades
Cerca de 400 documentos apreendidos em operações policiais obtidos pela Folha revelam que a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado.
A facção tem nas ruas um total de 1.343 bandidos, número equivalente ao dobro do número de homens da Rota --considerada a tropa de elite da polícia paulista.
O PCC é hoje o principal suspeito de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado. Desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.
Conforme a documentação, cada um dos 1.343 criminosos é obrigado a pagar à organização uma mensalidade de R$ 600, o que dá uma renda mínima de R$ 805 mil para o PCC. Em troca da mensalidade, o criminoso obtém benefícios no caso de ser preso (advogado, ajuda financeira para a família) e o direito de se identificar entre criminosos como membro da organização.
A organização conta ainda com o lucro obtido com a venda de drogas, cigarros contrabandeados para os presídios e assaltos. Segundo é possível aferir nos documentos, o PCC arrecada por mês cerca de R$ 6 milhões.
Nos arquivos constam ainda informações sobre parte do patrimônio do grupo: 13 imóveis, 88 fuzis, 63 pistolas, 11 revólveres, 8 dinamites, 67 carros (sendo três blindados), sete motos e um caminhão. Nessa relação não estão os bens dos bandidos, como armas e carros pessoais.
Leia a reportagem completa de Rogério Pagnan, Afonso Benites e Josmar Jozino no caderno "Cotidiano" desta segunda-feira.
PCC tem 1.343 funcionários em 123 cidades
Cerca de 400 documentos apreendidos em operações policiais obtidos pela Folha revelam que a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado.
A facção tem nas ruas um total de 1.343 bandidos, número equivalente ao dobro do número de homens da Rota --considerada a tropa de elite da polícia paulista.
O PCC é hoje o principal suspeito de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado. Desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.
Conforme a documentação, cada um dos 1.343 criminosos é obrigado a pagar à organização uma mensalidade de R$ 600, o que dá uma renda mínima de R$ 805 mil para o PCC. Em troca da mensalidade, o criminoso obtém benefícios no caso de ser preso (advogado, ajuda financeira para a família) e o direito de se identificar entre criminosos como membro da organização.
A organização conta ainda com o lucro obtido com a venda de drogas, cigarros contrabandeados para os presídios e assaltos. Segundo é possível aferir nos documentos, o PCC arrecada por mês cerca de R$ 6 milhões.
Nos arquivos constam ainda informações sobre parte do patrimônio do grupo: 13 imóveis, 88 fuzis, 63 pistolas, 11 revólveres, 8 dinamites, 67 carros (sendo três blindados), sete motos e um caminhão. Nessa relação não estão os bens dos bandidos, como armas e carros pessoais.
Leia a reportagem completa de Rogério Pagnan, Afonso Benites e Josmar Jozino no caderno "Cotidiano" desta segunda-feira.
PCC: CHEFES RECEBEM ARQUIVOS NA PRISÃO POR PEN-DRIVE
FOLHA.COM 01/10/2012 - 05h00
Arquivos de facção criminosa chegam a 'chefes' na prisão por pen drive
ROGÉRIO PAGNAN
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO
DO "AGORA"
Cerca de 400 documentos apreendidos em operações policiais obtidos pela Folha revelam que a organização criminosa PCC possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado e tem nas ruas um total de 1.343 bandidos.
Esse número equivale ao contingente de dois batalhões da Polícia Militar e é quase o dobro do número de homens da Rota -considerada a tropa de elite da polícia paulista.
A facção, que está espalhada por todas as regiões do Estado, é hoje a principal suspeita de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado. Até ontem, desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.
Conforme a vasta documentação que está em um banco de dados do Ministério Público, cada um dos 1.343 criminosos é obrigado a pagar à organização uma mensalidade de R$ 600, o que dá uma renda mínima de R$ 805 mil para o PCC.
Em troca da mensalidade, o criminoso obtém benefícios no caso de ser preso (advogado, ajuda financeira para a família) e o direito de se identificar entre criminosos como integrante do PCC.
A organização conta ainda com o lucro obtido com a venda de drogas, cigarros contrabandeados para os presídios e assaltos. Segundo é possível aferir nos documentos, o PCC arrecada por mês cerca de R$ 6 milhões.
Os arquivos, elaborados pelos próprios bandidos, foram apreendidos em três grandes operações policiais, já embasaram o Ministério Público em duas denúncias judiciais e norteiam a polícia na desarticulação da facção.
Nas acusações formais, promotores de Santos pediram a prisão de 16 suspeitos de tráfico de drogas e de formação de quadrilha.
Essa documentação mostra que os criminosos se instalaram até em cidades pequenas, como Rifaina (na região de Ribeirão Preto), que tem 3.400 habitantes.
A capital paulista é o principal reduto do grupo, com 689 integrantes. As regiões de Campinas, com 230 membros, e de Santos, com 136, são outras em que o PCC tem um grande contingente.
Os arquivos revelam ainda o controle empresarial da facção, que cobra metas até na venda de drogas. Há dezenas de funcionários que embalam os entorpecentes, e uma série de "diretores" que são responsáveis por gerenciar a contratação dos advogados, a comercialização de rifas e a venda dos produtos ilícitos.
Editoria de arte/Folhapress
PEN DRIVE
Os arquivos apreendidos eram destinados aos chefes da organização como uma forma de prestar contas. Os documentos são salvos em pen drives ou chips de celular e entregues semanalmente por motoboys nas principais prisões do Estado, onde entram clandestinamente.
"Referente às planilhas, toda semana devem mandar para o 4º, 6º PV [pavilhões da penitenciária Presidente Venceslau], as listas de empréstimos e a lista de dívidas gerais", afirma trecho do relatório assinado por um "diretor" que se identifica como Judeu, o responsável pela área financeira.
Nos arquivos constam ainda informações sobre parte do patrimônio do grupo: 13 imóveis, 88 fuzis, 63 pistolas, 11 revólveres, oito dinamites, 67 carros (sendo três blindados), sete motos e um caminhão. Nessa relação não estão os bens dos bandidos, como armas e carros pessoais.
O armamento que está nas planilhas fica sob a responsabilidade de alguns integrantes. Por exemplo, quando é necessário cometer um roubo, um criminoso pega um fuzil emprestado para o crime e depois o devolve. Se perder a arma, contrai uma dívida com a facção no valor do equipamento perdido.
Em março do ano passado, um criminoso identificado como XT foi preso pela Rota sob suspeita de planejar a morte de um policial. Dias depois, na casa dele a polícia apreendeu um fuzil. Como a arma era do PCC, consta em uma das planilhas que ele contraiu uma dívida de R$ 35 mil com a facção.
Editoria de arte/Folhapress
NECESSIDADE
Para o procurador Márcio Sérgio Christino (especialista em crime organizado), embora haja o risco de apreensão por parte da polícia, o registro e controle de informações por parte dos criminosos do PCC é uma necessidade até para a subsistência da facção criminosa.
"Não é questão de vaidade ou outra coisa. Eles precisam disso para manter o controle. O líder que está preso hoje busca o controle total do que acontece do lado de fora. Para isso, ele precisa necessariamente de uma forma de comunicação. Quanto maior a organização, maior a necessidade de informação. A comunicação é uma necessidade e, ao mesmo tempo, o ponto fraco das organizações criminosas", disse Christino.
Arquivos de facção criminosa chegam a 'chefes' na prisão por pen drive
ROGÉRIO PAGNAN
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO
DO "AGORA"
Cerca de 400 documentos apreendidos em operações policiais obtidos pela Folha revelam que a organização criminosa PCC possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado e tem nas ruas um total de 1.343 bandidos.
Esse número equivale ao contingente de dois batalhões da Polícia Militar e é quase o dobro do número de homens da Rota -considerada a tropa de elite da polícia paulista.
A facção, que está espalhada por todas as regiões do Estado, é hoje a principal suspeita de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado. Até ontem, desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.
Conforme a vasta documentação que está em um banco de dados do Ministério Público, cada um dos 1.343 criminosos é obrigado a pagar à organização uma mensalidade de R$ 600, o que dá uma renda mínima de R$ 805 mil para o PCC.
Em troca da mensalidade, o criminoso obtém benefícios no caso de ser preso (advogado, ajuda financeira para a família) e o direito de se identificar entre criminosos como integrante do PCC.
A organização conta ainda com o lucro obtido com a venda de drogas, cigarros contrabandeados para os presídios e assaltos. Segundo é possível aferir nos documentos, o PCC arrecada por mês cerca de R$ 6 milhões.
Os arquivos, elaborados pelos próprios bandidos, foram apreendidos em três grandes operações policiais, já embasaram o Ministério Público em duas denúncias judiciais e norteiam a polícia na desarticulação da facção.
Nas acusações formais, promotores de Santos pediram a prisão de 16 suspeitos de tráfico de drogas e de formação de quadrilha.
Essa documentação mostra que os criminosos se instalaram até em cidades pequenas, como Rifaina (na região de Ribeirão Preto), que tem 3.400 habitantes.
A capital paulista é o principal reduto do grupo, com 689 integrantes. As regiões de Campinas, com 230 membros, e de Santos, com 136, são outras em que o PCC tem um grande contingente.
Os arquivos revelam ainda o controle empresarial da facção, que cobra metas até na venda de drogas. Há dezenas de funcionários que embalam os entorpecentes, e uma série de "diretores" que são responsáveis por gerenciar a contratação dos advogados, a comercialização de rifas e a venda dos produtos ilícitos.
Editoria de arte/Folhapress
PEN DRIVE
Os arquivos apreendidos eram destinados aos chefes da organização como uma forma de prestar contas. Os documentos são salvos em pen drives ou chips de celular e entregues semanalmente por motoboys nas principais prisões do Estado, onde entram clandestinamente.
"Referente às planilhas, toda semana devem mandar para o 4º, 6º PV [pavilhões da penitenciária Presidente Venceslau], as listas de empréstimos e a lista de dívidas gerais", afirma trecho do relatório assinado por um "diretor" que se identifica como Judeu, o responsável pela área financeira.
Nos arquivos constam ainda informações sobre parte do patrimônio do grupo: 13 imóveis, 88 fuzis, 63 pistolas, 11 revólveres, oito dinamites, 67 carros (sendo três blindados), sete motos e um caminhão. Nessa relação não estão os bens dos bandidos, como armas e carros pessoais.
O armamento que está nas planilhas fica sob a responsabilidade de alguns integrantes. Por exemplo, quando é necessário cometer um roubo, um criminoso pega um fuzil emprestado para o crime e depois o devolve. Se perder a arma, contrai uma dívida com a facção no valor do equipamento perdido.
Em março do ano passado, um criminoso identificado como XT foi preso pela Rota sob suspeita de planejar a morte de um policial. Dias depois, na casa dele a polícia apreendeu um fuzil. Como a arma era do PCC, consta em uma das planilhas que ele contraiu uma dívida de R$ 35 mil com a facção.
Editoria de arte/Folhapress
NECESSIDADE
Para o procurador Márcio Sérgio Christino (especialista em crime organizado), embora haja o risco de apreensão por parte da polícia, o registro e controle de informações por parte dos criminosos do PCC é uma necessidade até para a subsistência da facção criminosa.
"Não é questão de vaidade ou outra coisa. Eles precisam disso para manter o controle. O líder que está preso hoje busca o controle total do que acontece do lado de fora. Para isso, ele precisa necessariamente de uma forma de comunicação. Quanto maior a organização, maior a necessidade de informação. A comunicação é uma necessidade e, ao mesmo tempo, o ponto fraco das organizações criminosas", disse Christino.
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